Dr. Pablo Leite

A cirurgia ortognática resolverá minha apneia do sono?

Por: Dr. Pablo Leite

Dentre as doenças do mundo moderno que acometem a população de uma maneira geral, a apneia obstrutiva periférica do sono vem se revelando uma condição cada vez mais predominante e, consequentemente, diagnosticada. Os efeitos da apneia obstrutiva periférica do sono no organismo são progressivos, ou seja, quanto mais tempo o paciente tem a condição, mais as consequências vão aparecendo. Sabemos que essa condição tem impacto direto na qualidade de vida do paciente fazendo com que ele não consiga atingir todas as fases fundamentais do sono.

Ou seja, o paciente acaba não possuindo uma fisiologia normal do sono, o que afeta diretamente a renovação de enzimas cerebrais, essenciais para o equilíbrio metabólico do organismo. Como resultado, esses pacientes frequentemente apresentam problemas metabólicos, como dislipidemias, alterações nos triglicerídeos, colesterol elevado, diabetes e distúrbios da tireoide. Isso ocorre devido à falta de um equilíbrio adequado na função cerebral, comprometendo o restabelecimento dos processos metabólicos corporais.

Adicionalmente, esses pacientes têm um risco aumentado de acidentes vasculares cerebrais e doenças cardiovasculares. Então, isso faz com que a qualidade de vida do paciente diminua muito, principalmente quando a apneia começa a atingir um grau médio para severo e terá impacto direto na expectativa de vida do paciente. Quanto mais cedo a apneia for diagnosticada e tratada, melhor será o prognóstico, pois alguns tratamentos apresentam resultados muito mais favoráveis quando iniciados precocemente.

Sendo assim, a cirurgia ortognática continua sendo o melhor tratamento para a apneia obstrutiva periférica do sono. Quando realizada em pacientes com até 30 ou 35 anos, sua efetividade é maior, pois se trata de um tratamento definitivo para a condição.