Blog

Essa é uma dúvida comum entre pacientes, especialmente adolescentes entre 11 e 14 anos, que já apresentam um crescimento craniofacial que os incomoda, como a mandíbula muito grande (prognatismo mandibular). Esse tipo de condição pode afetar não apenas a função mastigatória, mas também a autoestima e o bem-estar emocional, principalmente nas meninas, que muitas vezes se sentem desconfortáveis com a aparência.

Nesses casos, muitos pacientes procuram a cirurgia ortognática como uma solução para o problema esquelético. No entanto, é importante destacar que, em adolescentes, o crescimento ósseo pode não estar completamente finalizado. Isso significa que, ao realizar a cirurgia muito cedo, por volta dos 14 ou 15 anos, há o risco de a mandíbula continuar a crescer, o que poderia demandar uma nova cirurgia mais tarde, por volta dos 21 ou 22 anos.

Felizmente, existem exames específicos que podem ajudar a avaliar se ainda há crescimento mandibular remanescente. Um desses exames verifica a atividade de crescimento no côndilo mandibular, uma região importante da articulação responsável pelo crescimento da mandíbula. Se o exame indicar que não há mais crescimento significativo, a cirurgia ortognática pode ser realizada com segurança, sem a necessidade de uma intervenção futura.

Assim, a decisão de realizar a cirurgia ortognática precocemente depende principalmente do impacto que o problema esquelético está causando na vida social e emocional do paciente. Caso o exame mostre que o crescimento está concluído, a cirurgia pode ser feita sem preocupações. Porém, se ainda houver crescimento, o paciente deve ser informado sobre a possibilidade de uma segunda cirurgia no futuro.